Compositor: Dennis Turner
Era uma noite fria de inverno
E o vento soprava através da charneca selvagem
Pobre Maria, veio andando com a criança em seus braços
E parou na porta de seu próprio pai
"Ó, pai, ó pai", ela chorou
"Desça aqui e abra a porta
Ou esta criança em meus braços, perecerá e morrerá
Pelos ventos que sopram pela charneca selvagem."
"Ó, por que fui deixar este ponto seguro
No qual eu já fui livre e feliz
Este vasto mundo a vagar, sem amigos ou lar
E ninguém para ter misericórdia de mim."
Mas o pai era surdo ao seu clamor
Nem ao som de sua voz ele escutou
Pois os cães de guarda uivavam e os sinos da vila tocavam
E os ventos sopraram pela charneca selvagem.
Ó, como o velho deve ter se sentido
Quando, na manhã seguinte, abriu a porta
E encontrou Maria morta, com a criança ainda viva
Próxima aos braços de sua mãe falecida.
Em angústia, puxou seus cabelhos grisalhos
E as lágrimas escorreram por suas bochechas
Quando viu que, naquela noite, elas haviam perecido e morrido
Pelos ventos que sopram através da charneca selvagem.
O velho, sua vida definhou-se
E a criança, em sua mãe, partiu em breve
E dizem que ninguém vive lá até hoje
E o chalé, em ruínas, se foi.
Mas os moradores apontam o local
E os salgueiros que inclinam-se sobre a porta
Onde outrora uma doce noiva da vila, a pobre Maria morreu
Pelos ventos que sopram pela charneca selvagem.