Compositor: Loudon Wainwright III
Era uma vez um homem que não conseguia chorar
Ele não tinha chorado durante anos e anos
Jogou napalm em bebês, e em filmes com histórias de amor
Por exemplo, não conseguia produzir lágrimas
Quando era criança, ele tinha chorado como todas as crianças
Então, em algum ponto os canais lacrimais secaram
Ele cresceu para ser um homem, fezes voaram no ventilador
As coisas ficaram ruins, mas ele não conseguia chorar
Seu cão foi atropelado, sua esposa o deixou
E depois ele foi demitido de seu emprego
Perdeu seu braço na guerra, uma prostituta riu dele
Ah, mas ainda nenhum um espirro ou soluço
Seu romance foi recusado, seu filme foi muito criticado
E o seu show da broadway foi um fracasso
Ele foi mandado para a prisão, você adivinhou, sem fiança
Ah, mas as lágrimas não driblaram nem caíram
Na prisão ele foi espancado, maltratado e arruinado
E o mandaram fazer placas de carros
Água e pão era tudo o que ele comeu
Mas nada fez uma lágrima manchar seu rosto
Médicos foram chamados, cientistas também
Os teólogos foram os últimos, e praticamente os menos importantes
Todos concordaram com certeza, que ele não era nenhum maria-mole
Mas, na verdade um monstro insensível
Ele foi retirado da prisão e colocado em um lugar
Para os insensíveis e os insanos
Ele jogou muito xadrez e fiz muitos amigos
E ele chorava cada vez que chovesse
Uma vez choveu durante quarenta dias e quarenta noites
E ele chorou e chorou e chorou e chorou
No quadragésimo primeiro dia, ele faleceu
Ele apenas se desidratou e morreu
Bem, ele subiu ao céu, achou seu cachorro
Não só isso, mas ele recolocou o braço
Lá em baixo, todos os críticos mudaram de opinião
O câncer consumiu a charmosa prostituta
Sua ex-mulher morreu de estrias, seu ex-chefe faliu
Os teólogos foram descobertos
Direito para o chão, aquela antiga cadeia incendiou
A terra ficou seca pra sempre